Nossa saga chegou na primeira grande atração.
Chegamos em Mendoza aos 45 do segundo tempo. As lojas de camping e montanhismo fechando e nós na coreria para comprar o resto das coisas que precisávamos pro acampamento no Aconcágua. Entra em loja, sai de loja, veste casaco, calça bota, vê saco de dormir... Listos! Tudo pronto.
No dia seguinte (24/9) partimos para a montanha e o delírio já começou na estrada. Formações rochosas alucinantes, rio e planície... Uma verdadeira aula de geologia. Lindo e didático. Bonito até para quem chama rocha de pedra!
Por trás e acima, as montanhas nevadas... Cada uma mais bela que a outra, e o Aconcágua olhando todas de cima.
Vamos lá nele! O pico mais alto dos Andes!
Alto lá! As coisas não são assim... Se na Bolívia não nos deixam passar, na Argentina não nos deixam subir...
Não se pode fazer trekking e acampar no Aconcágua agora em setembro, a não ser que você tenha autorização, guia certificado, vários equipamentos e seja sinistro de montanha (eles pedem um currículo seu). Estávamos olhando o mapa da região com o pessoal do parque e eles nos informaram dessa burocracia. Então apontamos para uma trilha ao lado e perguntamos: "Aqui também é necessario tudo isso?" E eles: "Não, aqui não."
É claro que fomos pra lá. E depois, no meio de uma trilha (ou quase) descobrimos porque não se pode fazer trilhas no Aconcágua em setembro. A neve é fofa e abre buracos ao caminhar...
Acampamos lá! Que experiência! Muito maneiro,visual único, mas o sol se põe no fim da tarde e o frio aumenta... MUITO!!!!
Doze graus abaixo de zero, talvez quinze... Dizem que frio é psicológico, mas infelizmente não havia nenhum psicólogo por perto...
Na manhã seguinte (25/9) apareceu o sol! Nunca gostamos tanto dele!
Voltamos pra Mendoza, mais uma vez pela estrada geológica, e fomos passear na cidade. A noite dormimos com temperatura positiva! É muito bom dormir sentindo todos os dedos dos pés!
Antes de irmos pro Chile na sexta (26/9), tio Romário levou as crianças no zoológico.
A fronteira Argentina-Chile é séria. Não se pode sair nem entrar ilegalmente. Não estamos muito acostumados com isso, mas aceitamos ter nossos passaportes carimbados...
O carro também tem documentação registrada e até botam um cachorro farejador pra procurar coisa errada nas nossas bagagens.
Chegando em Santiago, havia um grande engarrafamento! Que durou horas! Até que conseguimos chegar no hostel, onde o amável dono nos disse: "No hay habitaciones disponibles."
Estava frio e nós de bermuda e chinelo. Tentamos outro hostel e "No hay habitaciones disponibles."
No terceiro, conseguimos! Medalha de bronze...
Hoje (ontem, pois já passou de meia noite - dia 27/9) fomos ao Valle Nevado andar de snowboard!!! Tomamos alguns tombos, muitos na verdade (muitíssimos), mas foi bem divertido.
Alguns cientistas fazem a mesma experiência várias vezes para se certificarem dos resultados. Como somos cientistas, fazemos o mesmo. Tínhamos queimado o rosto quando acampamos na neve. No Valle Nevado queimamos novamente. Chegamos a conclusão que neve queima! E podemos provar! (os rostos vermelhos tal qual pimentões)
Até agora:
Andamos mais de 7000 km
Passamos por 5 países
3/4 dos viajantes já teve diarréia
quase morremos de frio 2 vezes
Estrada de Mendoza ao Aconcágua
Acampameto no frio
Chile! (as roupas estão estranhas para o clima...)
Estrada perigosa
Snowboard!
domingo, 28 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Entramos ilegais no Paraguai também, mas logo saìmos. O cara da aduana là da fronteira estava fazendo um curso de uma semana e nao tinha mais ninguèm pra nos dar o carimbo de entrada... Isso foi na fronteira com Bela Vista.
Fomos entao pra Ponta Pora. Lá, conseguimos entrar legais. Se quiséssemos, poderíamos entrar ilegais também, mas já chega disso.
Cruzamos o chaco paraguaio em uma tarde e a noitinha chegamos na Argentina. A primeira fronteira séria da viagem.
Depois de tudo checado, seguimos para Resistência, onde pernoitamos.
Em seguida viemos pra Córdoba. Ficamos aqui por dois dias e estamos de saìda pra Mendoza.
Vamos acampar na base do Aconcágua e depois partir pro Chile.
Bela Vista
Nosso albergue em Còrdoba.
Igraja de Córdoba (bonita pra cacete!)
Compras na cidade
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Ilegais
Fronteira aberta, aduana fechada e passaporte sem carimbo.
Entramos na Bolívia assim com quem não quer nada e fomos entrando... Ninguém falou nada, então fomos indo... E nessa de João sem braço chegamos em Santa Cruz de la Sierra.
No dia seguinte (17/9) vimos que a estrada para Cochabamba poderia estar bloqueada, aí fomos pedir informação no consulado do Brasil, onde nos disseram: "Vocês são malucos??? Nós estamos tentando tirar 10 mil brasileiros daqui as pressas e vocês, que estão fora, entram!!!! E ainda mais ilegais!!!!! Como vocês entram ilegais num país a beira da guerra civil?!?!?"
Acho que eles lá do consulado estavam um pouco tensos...
Fomos consertar o pneu e alinhar o carro, aí o paraguaio Rodrigo, dono da borracharia, nos disse que as coisas deveríam melhorar no dia seguinte e poderíamos regularizar nossa situação e seguir viagem.
O que fazer?
Resolvemos jantar e descansar, pra ver se as coisas estaríam melhores no dia seguinte.
Jantamos, mas na hora de ir pro hotel descansar, tinha um policial lá, então fomos pra praça.
Vou explicar qual o nosso problema com a polícia:
No segundo dia que estivemos em Santa Cruz, tomamos uma dura na rua. Depois de muito papo, liberamos a "cervejinha" pro guarda (o nome dele: E. Morales H.)
Que fique bem claro que não somos a favor disso, mas como nós cinco (nós 4 e o carro) estávamos totalmente ilegais no país, achamos melhor dar a "cervejinha".
Depois que o policial que estava no nosso hotel foi embora, entramos no hotel!
Ontem (18/9), fomos a aduana virar legais, mas as coisas são meio burocráticas e a imigração continuava fechada. A estrada para Cochabamba, bloqueada e nossa paciência acabou.
Voltamos para Corumbá.
A fronteira que estava aberta tal qual as pernas de uma meretriz, continuava da mesma forma. Sem fiscalização alguma.
Ilegalmente entramos, ilegalmente saímos!
Os bolivianos não conseguem se entender direito e por isso La Expedición mudou de rumo totalmente.
Iremos para o Paraguai e de lá para a Argentina e Chile.
Roteiro totalmente diferente. Vamos ver no que dá.
Números desta etapa:
1280km
2 trechos off-road de 200km cada (o Romário agora quer ir pro Paris-Dakar)
4 brasileiros ilegais
1 carro brasileiro ilegal
9,5 horas de soluço (um dos membros entrou numa crise de soluço com aproximadamente 1700 soluços)
Entramos na Bolívia assim com quem não quer nada e fomos entrando... Ninguém falou nada, então fomos indo... E nessa de João sem braço chegamos em Santa Cruz de la Sierra.
No dia seguinte (17/9) vimos que a estrada para Cochabamba poderia estar bloqueada, aí fomos pedir informação no consulado do Brasil, onde nos disseram: "Vocês são malucos??? Nós estamos tentando tirar 10 mil brasileiros daqui as pressas e vocês, que estão fora, entram!!!! E ainda mais ilegais!!!!! Como vocês entram ilegais num país a beira da guerra civil?!?!?"
Acho que eles lá do consulado estavam um pouco tensos...
Fomos consertar o pneu e alinhar o carro, aí o paraguaio Rodrigo, dono da borracharia, nos disse que as coisas deveríam melhorar no dia seguinte e poderíamos regularizar nossa situação e seguir viagem.
O que fazer?
Resolvemos jantar e descansar, pra ver se as coisas estaríam melhores no dia seguinte.
Jantamos, mas na hora de ir pro hotel descansar, tinha um policial lá, então fomos pra praça.
Vou explicar qual o nosso problema com a polícia:
No segundo dia que estivemos em Santa Cruz, tomamos uma dura na rua. Depois de muito papo, liberamos a "cervejinha" pro guarda (o nome dele: E. Morales H.)
Que fique bem claro que não somos a favor disso, mas como nós cinco (nós 4 e o carro) estávamos totalmente ilegais no país, achamos melhor dar a "cervejinha".
Depois que o policial que estava no nosso hotel foi embora, entramos no hotel!
Ontem (18/9), fomos a aduana virar legais, mas as coisas são meio burocráticas e a imigração continuava fechada. A estrada para Cochabamba, bloqueada e nossa paciência acabou.
Voltamos para Corumbá.
A fronteira que estava aberta tal qual as pernas de uma meretriz, continuava da mesma forma. Sem fiscalização alguma.
Ilegalmente entramos, ilegalmente saímos!
Os bolivianos não conseguem se entender direito e por isso La Expedición mudou de rumo totalmente.
Iremos para o Paraguai e de lá para a Argentina e Chile.
Roteiro totalmente diferente. Vamos ver no que dá.
Números desta etapa:
1280km
2 trechos off-road de 200km cada (o Romário agora quer ir pro Paris-Dakar)
4 brasileiros ilegais
1 carro brasileiro ilegal
9,5 horas de soluço (um dos membros entrou numa crise de soluço com aproximadamente 1700 soluços)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Começou!
Depois de muito conjecturarmos, enfim saímos. Com atraso, lógico, mas saímos e tudo foi indo bem. Bem até a Serra das Araras, quando ouvimos um "poc"!
Muri: "Que porra é essa?"
E depois "poc, poc, poc..." várias bolas do golf caindo em cima do carro!
Uma chuva de granizo, do nada! E cada pataca de gelo cravando el coche!
Sabe o que se faz numa situação dessas?
Nós não...
Depois de umas duas horas (um minuto e meio) a pipocada parou.
Seguimos viagem.
Quando chegamos em Corumbá (vamos pernoitar aqui), fomos na fronteira ver se estava tudo bem. Realmente estava tudo bem, mas a aduana está fechada então não podemos entrar na Bolívia.
Sabe o que se faz numa situação dessas...?
Números na primeira etapa:
1840km percorridos
16 pedágios (R$ 106,70)
4 abastecimentos (R$ 443,00)
1 chuva de granizo
1 aduana fechada
1 diarréia braba (não vamos falar quem)
Ponte sobre o Rio Paraguai, a caminho de Corumbá
A primeira etapa foi cumprida
Lei de trânsito em Corumbá
Fronteira: acesso liberado
domingo, 14 de setembro de 2008
Abre aí que a gente quer passar!
Oposição anuncia fim dos protestos no estado boliviano de Santa Cruz
Segundo o site G1:"O Comitê Cívico de Santa Cruz, bastião de oposição ao presidente Evo Morales, anunciou neste domingo a suspensão dos bloqueios de rodovias e dos protestos naquele estado boliviano.
O objetivo é dar um "sinal de boa vontade" para pacificar o país, antes de reunião entre Evo e governadores oposicionistas marcada para este domingo."
É isso aí, minha gente!!!! Solta essa porra!!!!! Ou melhor: Abre essa porra!!!!!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Houston, we have a problem...
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